Frutos-legumes-e-vegetais

Abacate

Com suave consistência e sabor, a pêra abacate é uma das reagalias que se pode saborear todo o ano, poderá dá-la a provar ao sue filho a partir dos nove meses de idade. Deverá ter o cuidado de a transformar em papa, esmagando-a ou a partir dos 18 meses de idade poderá parti-la em pedaços e servir em salada de frutas. O abacate contém uma consideravel quantidade de gorduras e não contém colesterol dado que é um alimento de origem vegetal.

Abóbora

É um dos primeiros alimentos que podem ser introduzidos na alimentação do bebé, tem um sabor doce e também pode ser comido durante todo o ano. A abóbora é fonte de vitamina A e de ferro.

Acelgas

O bebé poderá comer acelgas a partir dos 9 meses de idade. poderão ser cozidas, picadas e misturadas com outros alimentos ou puré.  As acelgas são ricas em vitamina A e C, Cálcio e ferro. têm muita fibra e são aconselhados a bebés com problemas de obstipação.

Agrião

É um vegetal com muito paladar, aconselhado para sopas e saladas, pode ser introduzido  a partir dos 6 meses de idade, mas só a partir dos dois anos em saladas. É muito rico em cálcio e ferro e em vitamina C.

Aipo

Este vegetal pode ser introduzido a partir dos 9 meses de idade. É muito rico em fibra, cálcio e potássio, é antioxidante.

Alcachofra

É produzido na Primavera, este vegetal necessita de ser bem cozinhado. Apenas um bebé depois de um ano de vida é que o poderá provar. É muito rico em ferro e em vitamina A.

Alface

É um vegetal que podemos comer durante todo o ano. Podemos fazer sopa de alface para o nosso filho com mais de 6 meses de vida e a partir dos 24 meses já poderá comer em cru. Este vegetal contèm uma elevada quantidade de água e fibra.

Alho

Apesar de ser utilizado como condimento, pode dá-lo a comer em sopa a partir dos 10 meses de vida ao seu filho. Tem um sabor intenso, daí ser aconselhavel ser comido cru após um ano e meio. O alho é um antioxidante natural, contém uma grande quantidade de fósforo e potássio.

Batata

O seu bebé poderá comê-la a partir dos 4 meses de vida, deve ser dada em puré, é optima para sopas, tem bastante fibra. Esta é muito rica em hidartos carbono, é fonte de vitamina A, cálcio e potássio.

Beringela

Poderá cozinhá-la bem e dá-la a partir dos 9 meses. É muito boa para rechear tartes, que o seu filho poderá comer aprtir dos 12 meses.

Brócolos

Apartir dos 9 meses já poderá dá-la ao seu filho bem cozinhada, e em puré ou esmagada. Também é muito boa para tartes ou souflés. Os brócolos são ricos em cálcio,potássio, vitamina C, ácido fólico.

Cebola

A cebola é um dos vegetais mais utilizados na nossa alimentação, tanto crua ou cozida tem um sabor muito intenso e é aconselhada em todo o tipo de comida desde molhos, tartes,saladas, e muito outros pratos de carne e peixe. Pode oferece-la ao seu filho apartir dos 6 meses se for em sopa e crua apenas depois dos dois anos.

Cenoura

É um dos primeiros alimentos a serem introduzidos na alimentação de uma bebé, apartir dos 4 meses de idade. é servida inicialmente em forma de sopa e posteriormente crua por volta dos 2 anos de idade. É rica em vitamina A, zinco, potássio. Crua é também rica em fibra.

Courgettes

É um vegetal que pode oferecer ao seu filho a partir dos 7 meses de idade, são apropriados para grande variedade de cozinhados. São ricos em ferro.

Couve-flor

Desde que bem cozinhada poderá oferecê-la ao seu filho depois dos 9 meses. Deverá ser servida juntamente com outros alimentos. É rica em vitamina C.

Ervilhas

Esmagadas o bebé poderá comê-las a partir dos 9 meses. São muito boas para puré e sopa. As ervilhas são ricas em ferro, zinco, fosforo, vitamina C e são ao contrário do que podemos pensar um dos alimentos que mais calorias fornece.

Espargos

São um dos alimentos dificeis de cozinhar, devarão ser introduzidos com cuidado apartir dos 9 meses.  Apenas poderão ser comidos como nós adultos os comemos depois dos 2 anos. São muito ricos em fibra e ferro.

Espinafres

Cozinhas e misturados com puré ou sopa poderão ser intrioduzidos apartir dos 8 meses de idade e podem ser cozinhados e misturados das mais variadas formas. Estes são ricos em vitamina C, ferro, zinco, potássio, cálcio, ácido fólico.

Feijão-verde

Este vegetasl pode ser cozinhado e servido aos bebés com mais de 10 meses de idade. deve ser bem cozido e servido em sopas no inico e posteriormente depois dos 2 anos ser comido como nós o comemos. É muito rico em fibra.

Funcho

Bem cozinhado pode ser servido ao seu filho depois dos 9 meses, para poder ser comido em salada apenas depois dos dois anos e meio pois é muito duro e dificil de mastigar. É rico em cálcio, ferro e vitamina C.

Milho

Costuma ser um dos vegetais preferidos das crianças. Poderá misturá.lo qualquer tipo de comida, partir dos 8 meses o seu filho poderá prová-lo mas comido ao natural apenas depois dos 3 anos devido aos engasgos não é aconselhado antes. è muito rico em fibra, e hidratos de carbono.

Pimentos

Apenas depois dos 2 anos é que poderá ser dado a provar às crianças, crus não são saborosos mas cozinhados dão muito sabor aos vários pratos de alimentos. É rico em ferro, vitamina C e caroteno.

Salsa

Apartir dos 9 meses pode introduzir este alimento principalmente em sopas. é muito rico em cálcio.

Tomate

ESte é um dos alimentos muito saborosos que apenas podem ser introduzidos após um ano. Tenha cuidado pois este tipo de alimento pode provocar alergias ao seu filho por isso fique atenta. É muito rico em vitamina A, C e muito potássio.

Nutrientes Antioxidantes

Junho 9, 2010

Para a saúde e bem-estar da sua criança é essencial uma grande variedade de nutrientes, nos quais se incluem as vitaminas antioxidantes e os minerais. Através do seu efeito antioxidante, os carotenóides (os percursores da vitamina A), as vitaminas C e E, e os minerais como o zinco e o selénio, podem ajudar a sua criança a ter células mais saudáveis. O leite materno contém uma variedade de nutrientes antioxidantes. Alimentar a sua criança com leite materno é uma das maneira de ajudá-la a obter estes nutrientes para suportar o seu crescimento e desenvolvimento. Existem ainda muitas outras fontes de nutrientes antioxidantes que poderá dar ao seu filho quando este for mais velho.

Estas são substâncias que podem neutralizar ou destruir os radicais livres de oxigénio. Os radicais livres de oxigénio são espécies de oxigénio muito reactivas que estão naturalmente presentes no nosso organismo como resultado de reacções bioquímicas dos nossos sistemas orgânicos. Estes encontram-se ainda presentes no meio ambiente a partir de poluentes do ar, do fumo do tabaco, da exposição excessiva ao álcool, dos conservantes e fertilizantes, assim como através dos raios UV e X e do ozono. Os radicais livres são prejudiciais quando existe uma falta de antioxidantes ou quando existe um excesso destes radicais, tendo sido implicados no desenvolvimento de cancro, doenças cardíacas, artrite, cataratas e outras doenças degenerativas, assim como no processo de envelhecimento.

O sistema de defesa antioxidante do organismo inclui enzimas e uma variedade de vitaminas e minerais. As vitaminas antioxidantes consistem em carotenóides (os percursores da vitamina A), vitaminas C e E, e minerais, como o zinco o selénio e o manganésio. Estes nutrientes actuam em conjunto com as enzimas para proteger as nossas células contras as lesões provocadas pelos radicais livres.

O selénio é um mineral essencial, com funções importantes na preservação da saúde e na prevenção de doenças nos humanos. Como componente da enzima antioxidante, peroxidase glutationa, o selénio desempenha um importante papel no sistema de defesa antioxidante do organismo. Através da sua capacidade antioxidante, o selénio actua em conjunto com a vitamina E na prevenção de lesões nas células provocadas pelos radicais livres.

Os bebés e as crianças têm uma necessidade acrescida de selénio devido ao seu rápido índice de crescimento. O RDA de selénio para os bebés entre os 0 e os seis meses de idade é de 10mcg/d e de 15mcg/d para os bebés entre os 6 e os 12 meses de idade. Em geral, o leite materno é uma boa fonte de selénio. O teor em selénio no leite materno varia, dependendo da dieta materna e da fase de lactação. As fontes alimentares de selénio incluem a carne, o peixe e os cereais.

Os carotenóides interagem com as vitaminas C e E e com o selénio na sua função antioxidante, tendo um papel de reforço do sistema imunitário através do seu efeito antioxidante. Para além disso, a vitamina A também assegura o desenvolvimento saudável da pele, das membranas mucosas, do timo e dos tecidos linfáticos, todos componentes do sistema imunitário.

A vitamina C é conhecida por proteger contra a peroxidação dos lípidos nas células em conjunto com a vitamina E, podendo ainda ter um papel na prevenção do cancro.

A vitamina E, um poderoso antioxidante, actua quer na expulsão dos radicais livres, quer na quebra da cadeia de reacções dos radicais livres. Esta vitamina actua através da reacção directa com os radicais livres. Alguns dos benefícios associados à função antioxidante da vitamina E poderão ser a prevenção contra o cancro e as doenças cardíacas, assim com o reforço do sistema imunitário.

via Nutrientes Antioxidantes.

Bebês inteligentes

Junho 7, 2010

Uma nova pesquisa mostrou que a deficiência de vitamina C prejudica o desenvolvimento mental de bebês. A pesquisa que trabalhou com porquinhos, mostrou que animais com a deficiência da vitamina tem 30% menos neurônios no hipocampo, a principal sede da memória. Assim como estes animais, os seres humanos são dependentes de vitamina C e por isto os pesquisadores recomendam um maior consumo de frutas e verduras (alimentos ricos neste nutrientes) por gestantes e lactantes. A deficiência nos bebês pode causar problemas de desenvolvimento e aprendizado, situação totalmente prevenível com uma alimentação saudável. Os pesquisadores estudam agora até que ponto o problema pode ser revertido após o nascimento.

Para saber mais: Tveden-Nyborg, Pernille, Johansen, Louise Kruse, Raida, Zindy, Villumsen, Charlotte Krogh, Larsen, Jytte Overgaard, Lykkesfeldt, Jens. Vitamin C deficiency in early postnatal life impairs spatial memory and reduces the number of hippocampal neurons in guinea pigsAm J Clin Nutr, 2009.

via Dicas da Nutricionista: Bebês inteligentes.

Comer bem na gestação diminui o risco de síndrome de Down no bebê? Várias pesquisas neste sentido tem sido realizadas mas com poucos resultados. Porém, um novo estudo publicado no dia 2 de junho no Behavioral Neurosciencemostrou que o consumo de colina durante a gestação (450mg/dia) e lactação (550mg/dia) não previne a ocorrência do problema mas melhora os níveis de atenção e normalizam emoções no concepto com síndrome de down. Além da suplementação fontes incluem gema de ovo, castanhas e vegetais como brócolis e couve flor. O interessante é que parece que a suplementação de colina com esta finalidade só faz efeitos nestas fases e não posteriormente.

PS: as dosagens em parênteses são aquelas extrapoladas para seres humanos.
Fonte da notícia: Cornell University.

via Dicas da Nutricionista: Alimentação da gestante e Síndrome de Down.

por Leon Denis


“Como introduzir o veganismo em sala de aula?”

Essa é a questão que intriga uma grande parcela de docentes do Ensino Fundamental e do Médio após sua adoção do modo de vida vegano.

Tendo sempre como norte a definição e importância desse modo de vida ético para todos os seres vivos do planeta, a pergunta que me intriga sempre é outra: “como não introduzir o veganismo em sala de aula?”

Ao folhear os livros de Ciências do Ensino Fundamental e os de Biologia do Médio vejo o veganismo em todos os capítulos e penso: “Ah, se eu fosse um biólogo”. O mesmo acontece ao folhear os livros de Geografia. Que ciência formidável, é possível demolir o especismo, tanto com a geografia física quanto com a humana, em especial a geopolítica. História! E a História? Em todas as culturas, em todas as épocas, a supremacia do antropocentrismo sufocando o legado estrategicamente escondido das vozes dissidentes. Língua Portuguesa, Química, Artes, Educação Física… Filosofia, a disciplina que ministro, essa eu exploro bem.

Acredito que na maioria das vezes a preocupação maior dos docentes veganos não é sobre que material didático usar, porque isso, é “mamão com aveia” (popularmente se diz “mamão com açúcar”, mas como não sou simpático ao uso desse doce veneno, fico com a aveia). Pois, mesmo com material não vegano é possível dar uma bela aula sobre os direitos animais1.

É visível que o que mais preocupa os docentes veganos é a reação dos colegas de trabalho, da direção da escola e dos pais após o tema ter sido introduzido em aula. Minha experiência particular mostra que qualquer tentativa, a mais sutil que seja de falar de veganismo nas escolas de nível médio será recebida com hostilidade por parte dos outros professores e com represália da direção e dos pais.

Professores e professoras, se vocês são veganos de fato e têm consciência dos “desafios do modo de vida vegano”2, que magnificamente foram apresentados pela eticista Sônia Felipe no lançamento da Sociedade Vegana, qual o temor? O que lhes falta? Coragem?

Coragem é uma das principais virtudes ensinadas por muitas das artes marciais orientais. Em Jiu-Jítsu, por exemplo, coragem é representada pela “arte de não andar para trás”3. Na edição 157 da Gracie Magazine há um artigo sobre essa arte de não recuar perante um forte oponente ou obstáculo. Vemos uma foto de um encontro entre um cão husky siberiano e um urso negro numa floresta coberta pela neve. Diante desse hercúleo obstáculo o husky, diferentemente do que muitos de nós faríamos, não recua um passo no seu trajeto. Como o bravo husky defronte o urso negro, o docente vegano deve posicionar-se com uma base sólida diante do gigantismo do mundo escolar especista e não recuar no propósito de educar para o veganismo. Veganismo também é um esporte de combate.

No caminho do husky havia um obstáculo, um grande obstáculo. Na longa jornada do educador vegano também sempre haverá grandes obstáculos. Enfrentar ou recuar? Seguir ou andar para trás?

Não defendo o confronto direto com o corpo burocrático, docentes e pais especistas. Não recuar não é bater o pé contra a oposição aberta ou dissimulada deles, mas não recuar no objetivo de passar o veganismo adiante.

Em outra arte marcial, o Judô, aprendemos a usar a força do adversário contra ele mesmo. Quando digo que mesmo com material didático não vegano é possível dar uma boa aula sobre os direitos animais, falo fundamentado nesse princípio judoca. Como ainda não dispomos de livros didáticos de todas as disciplinas revisadas de modo a

adequar seu conteúdo ao veganismo, retirando-lhes todo o conteúdo especista, cabe ao educador vegano usar o especismo dessa disciplina contra ela mesma. Como? Mostrando a gritante contradição e incoerência do discurso e afirmações especistas. O antropocentrismo não se sustenta lógica, biológica e filosoficamente.

O educador vegano não pode recuar diante da repressão do corpo burocrático escolar, representante dos pais e dos docentes esquizofrênicos morais. Represálias, coações e ameaças surgirão. No entanto, se o objetivo é educar para por fim ao biocidio defendido pela incoerente moral tradicional. O educador deve começar a praticar “a arte de não andar para trás”. Comece com o que é fundamental: muito conhecimento sobre a filosofia dos direitos animais. O conhecimento traz coragem e segurança. Educar para o veganismo é ter coragem de desfazer primeiro as próprias pregas, rugas e dobras morais que a tradição nos legou. Sócrates chamaria de “conhece-te a ti mesmo”; depois é só mostrar maieuticamente as crianças e adolescentes o caminho do modo de vida eticamente refletido.

Acredito que a pergunta inicial sobre como introduzir o veganismo em sala de aula, foi respondida.

Notas
1. Esse não ter material vegano para usar na escola não se aplica à filosofia, mas as outras disciplinas.

2. FELIPE, Sonia T. “A desanimalização do consumo humano: desafios da ética vegana”. In: http://www.sociedadevegana.org

3. NOGUEIRA, Raphael. A arte de não andar para trás. Gracie Magazine, Rio de Janeiro, 157, p.24, mar. 2010.

Leon Denis

Professor de Filosofia da rede estadual de ensino do Estado de São Paulo,autor do projeto Arte Suave na escola e co-autor do projeto Mens sana in corpore sano, pioneiro no ensino de Direito Animal e Veganismo em escolas públicas no Brasil.

Membro fundador da Sociedade Vegana.

A dieta vegetariana pode ser seguida por crianças.

Esse texto foi publicado na Revista Diálogo Médico: Vegetarianismo em Pediatria

Autor: Dr Eric Slywitch

Não existem mais dúvidas de que a dieta vegetariana (DV) bem planejada é adequada para crianças. A adequação dietética não depende do ato de comer ou não carne, mas sim da forma de elaborar a alimentação sem ela.
Pelo desconhecimento do que é ou deixa de ser uma DV (inclusive sobre a inclusão ou não de ovos, leite e derivados – que também podem fazer parte da dieta vegetariana), alguns profissionais cometem erros conceituais e interpretativos sobre ela.
Os bebês de mulheres vegetarianas apresentam peso ao nascer semelhante ao de filhos de mães não vegetarianas. O peso desses bebês também atinge os valores esperados para nascimento (O’Connell e cols 1989, Drake e cols 1989, Lakin e cols 1998).
Alguns estudos antigos encontraram crescimento insuficiente em crianças seguindo uma DV. Esse achado foi evidente quando a dieta era muito restrita, como no caso de crianças macrobióticas, que não são necessariamente vegetarianas (VanDusseldorp e col 1996). Esse problema se chama falta de alimentação e não vegetarianismo.
Diversos estudos demonstraram que a DV adotada por crianças ovolacto-vegetarianas promove crescimento semelhante ao das não vegetarianas (Hebbelinck e Clarys 2001, Sabate e col 1990, Nathan e col 1997).
As DVs, inclusive veganas, bem planejadas satisfazem as necessidades nutricionais de bebês, crianças e adolescentes e promovem o crescimento normal (Messina e Mangels 2001, Hebbelinck e Clarys 2001, Mangels e Messina 2001).
As diretrizes para introdução de alimentos sólidos, assim como para o uso de suplementos de ferro e vitamina D são as mesmas para bebês vegetarianos e não vegetarianos (Mangels e Messina 2001).
As crianças veganas podem ter necessidade protéica ligeiramente maior que as não veganas (como as ovolactovegetarianas e as onívoras) devido à diferença de digestibilidade e da composição de aminoácidos das proteínas vegetais, mas esta necessidade protéica é atendida quando a dieta contém calorias suficientes e uma pequena diversidade de alimentos vegetais (Millward 1999, Messina e Mangels 2001, Food and Nutrition Board 2002).
A ingestão média de proteínas das crianças vegetarianas (inclusive as veganas) costuma obedecer ou exceder às recomendações, embora as crianças vegetarianas possam consumir menos proteína que as não vegetarianas (Nathan e cols 1996, Sanders e Manning 1992).
As dietas vegetarianas na infância e na adolescência podem criar padrões alimentares saudáveis para a vida toda e apresentar algumas vantagens nutricionais importantes. Crianças e adolescentes vegetarianos apresentam menor ingestão de colesterol, gordura saturada e ingestão maior de frutas, verduras e fibras que os não vegetarianos (Perry e cols 2002, Sanders e Manning 1992, Fulton e Hutton 1980).
O ponto de maior atenção na dieta vegetariana é a vitamina B12, motivo de inúmeras publicações demonstrando deficiência em adultos e crianças. Dessa forma é recomendado uma fonte segura para crianças e gestantes, principalmente. Consideramos fontes seguras: ovos, leite e laticínios. A maioria dos vegetarianos utiliza esses alimentos. No caso dos veganos a suplementação é a via mais segura para garantir o suprimento dessa vitamina.
A American Dietetic Association (ADA) e Dietitians of Canada consideram que: “Dietas veganas e ovolactovegetarianas bem planejadas são adequadas a todos os estágios do ciclo vital, inclusive durante a gravidez e a lactação. Dietas veganas e ovolactovegetarianas adequadamente planejadas satisfazem as necessidades nutricionais de bebês, crianças e adolescentes e promovem o crescimento normal” (ADA 2003).
O vegetarianismo também é incentivado pela American Heart Association (AHA), Food and Drug Administration (FDA), College of Family and Consumer Sciences (University of Georgia) e já que estamos falando em pediatria, Kids Health (Nemours Foundation).
A American Dietetic Association e Dietitians of Canada são enfáticas em afirmar que os profissionais da área de nutrição têm o dever de apoiar e encorajar os que demonstram interesse em seguir uma dieta vegetariana.

Os alimentos utilizados para a obtenção dos nutrientes numa dieta vegana são muito mais diversificados do que os utilizados por onívoros (Christel e col, 2005). Isso demonstra que a dieta vegana (estrita) não é restrita.

Bibliografia

Messina V, Mangels AR. Considerations in planning vegan diets: Children. J Am Diet Assoc 2001;101:661-669.

Hebbelinck M, Clarys P. Physical growth and development of vegetarian children and adolescents. In: Sabate J, ed. Vegetarian Nutrition Boca Raton, Fl: CRC Press; 2001:173-193.

Mangels AR, Messina V. Considerations in planning vegan diets: infants. J Am Diet Assoc 2001;101:670-677

Perry CL, McGuire MT, Neumark-Sztainer D, Story M. Adolescent vegetarians. How well do their dietary patterns meet the Healthy People 2010 objectives? Arch Pediatr Adolesc Med 2002;156:431-437.

Sanders TAB, Manning J. The growth and development of vegan children. J Hum Nutr Diet 1992;5:11-21.

Fulton JR, Hutton CW, Stitt KR. Preschool vegetarian children. J Am Diet Assoc 1980;76:360-365.

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Sabate J, Linsted KD, Harris RD, Johnston PK. Anthropometric parameters of school children with different life-styles. Am J Dis Child 1990;144:1159-1163.

Nathan I, Hackett AF, Kirby S. A longitudinal study of the growth of matched pairs of vegetarian and omnivorous children, aged 7-11 years, in the north-west of England. Eur J Clin Nutr 1997;51:20-25.

van Dusseldorp M, Arts ICW, Bergsma JS, De Jong N, Dagnelie PC, Van Staveren WA. Catch-up growth in children fed a macrobiotic diet in early childhood. J Nutr 1996;126:2977-2983.

Nathan I, Hackett AF, Kirby S. The dietary intake of a group of vegetarian children aged 7-11 years compared with matched omnivores. Br J Nutr 1996;75:533-544.

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Millward DJ. The nutritional value of plant-based diets in relation to human amino acid and protein requirements. Proc Nutr Soc 1999;58:249-260.

Food and Nutrition Board, Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids, Cholesterol, Protein, and Amino Acids Washington, DC: National Academy Press; 2002.

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O’Connell JM, Dibley MJ, Sierra J, Wallace B, Marks JS, Yip R. Growth of vegetarian children. The Farm study. Pediatrics 1989;84:475-481.

Drake R, Reddy S, Davies J. Nutrient intake during pregnancy and pregnancy outcome of lacto-ovo-vegetarians, fish-eaters and non-vegetarians. Veg Nutr 1998;2:45-52.

Lakin V, Haggarty P, Abramovich DR. Dietary intake and tissue concentrations of fatty acids in omnivore, vegetarian, and diabetic pregnancy. Prost Leuk Ess Fatty Acids 1998;58:209-220.

via Alimentação Sem Carne – Dr. Eric Slywitch.

Por Dr. Eric Slywitch

Algumas orientações para mães com crianças vegetarianas pequenas, especialmente nos 2primeiros anos de vida:

1) A criança vegetariana, como qualquer criança, deve ser acompanhada para avaliação do crescimento, ganho de peso e desenvolvimento.

Se o seu pediatra é contra a dieta vegetariana, saiba que existem outros que são plenamente favoráveis a essa opção. A junção do pediatra com um médico nutrólogo ou nutricionista que prescreva a dieta vegetariana é uma opção bastante segura.

2) A amamentação pelo menos até os 6 meses de idade é fundamental para o indivíduo. Nesse período deve haver atenção especial ao nível de B12 no sangue da mãe e à dieta para garantir a oferta de vitamina B12 no leite materno.

Caso a mãe não tenha um bom nível sanguíneo e uma boa ingestão da vitamina B12 ou por algum motivo não queira ou não possa utilizar suplementos dessa vitamina ela deve ser ofertada diretamente ao bebê (existem xaropes no mercado com vitamina B12, desenhada para bebês e crianças).

Crianças veganas devem receber alimentos enriquecidos ou suplementos na forma de comprimidos ou xaropes. A injeção é uma possibilidade, mas não deve ser a primeira escolha.

Crianças ovo-lacto-vegetarianas ou lacto-vegetarianas podem não precisar de suplemento de B12, mas convém, além de quantificar a B12 ingerida, dosar os níveis sanguíneos de marcadores de deficiência dessa vitamina.

Durante toda a fase de introdução de alimentos, assim como na infância, deve-se avaliar a vitamina B12, mantendo-se a suplementação.

Como eu conduzo:

– SEMPRE prescrevo a vitamina B12, independente do consumo de derivados animais na dieta vegetariana.

– SEMPRE solicito as dosagens laboratoriais de marcadores de deficiência de vitamina B12. Lembre-se de que manutenção é uma coisa; tratamento da deficiência é outra. Muitas vezes é necessário elevar os níveis da vitamina com doses elevadas e fazer a sua manutenção com o suplemento habitual. Avaliação por meio de exames laboratoriais é fundamental!! Não deixe de fazer os exames só porque utiliza o suplemento.

3) Nunca, jamais, em hipótese alguma, substitua o leite materno ou as fórmulas lácteas especializadas por sucos vegetais ou farinha de cereais ou feijões.

O leite materno é uma alimento especialmente “desenhado” para o bebê.

Na impossibilidade de utilização do leite materno, há diversas fórmulas no mercado desenhadas especialmente para a sua substituição. São elas que devem ser utilizadas e nunca misturas improvisadas. As fórmulas específicas têm composição definida de nutrientes (em termos quantitativos e qualitativos). O médico ou nutricionista deve indicar o seu uso quando necessário.

4) A suplementação de ferro para crianças vegetarianas segue a mesma orientação preconizada para as não vegetarianas.

A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que toda criança dos 6 meses aos 2 anos de idade receba suplementação de ferro, devido ao elevado índice de anemia nessa faixa etária.

Crianças prematuras devem iniciar a suplementação mais precocemente.

A verificação por meio de exames laboratoriais é fundamental. Deve ser avaliada não apenas os níveis de hemoglobina, mas também de ferritina.

5) Ofereça alimentos ricos em zinco (cereais integrais e feijões) utilizando os métodos de redução do ácido fítico dos grãos.

Deficiência de zinco pode ocasionar redução da velocidade de crescimento, diarréia e infecções em crianças.

É importante saber que pode ocorrer deficiência de zinco mesmo com exames laboratoriais apontando níveis de zinco na faixa de normalidade.

6) A suplementação de vitamina D para crianças vegetarianas segue as mesmas recomendações preconizadas para crianças não vegetarianas.

Apesar da exposição aos raios solares ser uma forma de adequação da vitamina D, sugiro não confiar nessa via de obtenção da vitamina. A minha experiência de consultório demonstra elevado índice de deficiência de vitamina D em pessoas que confiam apenas no sol para a obtenção da vitamina D.

Sugiro sempre dosar os níveis sanguíneos dessa vitamina.

7) Principalmente para as crianças veganas deve-se ficar atento à oferta calórica adequada. A necessidade protéica costuma ser ultrapassada quando a necessidade calórica é atingida com alimentos adequados.

8) Deve-se enfatizar o uso de alimentos mais calóricos de boa qualidade, baseados em grãos: derivados da soja (como tofu), cereais, oleaginosas e sementes (gergelim, girassol…), azeite, óleo de linhaça. Enfatizar o uso do abacate.

Esses alimentos podem, facilmente, ser utilizados na forma de “papinhas”.

Caso os grupos alimentares não estejam misturados (ex: sopa ou purê) procure não oferecer as verduras e legumes em grandes quantidades antes dos outros alimentos, pois podem causar sensação precoce de saciedade.

A fibra dos alimentos promove uma maior saciedade. Apesar do uso de grãos integrais (trigo, centeio, aveia, cevada…) ser muito saudável, se houver necessidade de incrementar a ingestão calórica, convém utilizar os seus derivados, como pães, macarrões e seus flocos e farinhas.

Não restrinja a gordura de boa qualidade da dieta da criança com menos de 2 anos de idade!!

Utilize alimentos ricos em gorduras do tipo ômega-3. O óleo de linhaça deve ser enfatizado. Outros óleos (canola, soja – prensados a frio de preferência) e oleaginosas contém boas quantidades de ômega-3, mas a linhaça é a fonte mais rica.

9) Se precisar adoçar algum alimento procure utilizar melado de cana no lugar do mel ou do açúcar refinado.

Não utilize o mel até o final do primeiro ano de vida.

10) Exames de laboratório periódicos são muito bem vindos.

Fonte: Alimentação sem carne

A frase da capa deste caderno pode não ser familiar – ou até mesmo parecer inverossímil – para a maioria dos pais de crianças pequenas. Afinal, com tantos apelos ao paladar infantil, poucas são as que trocariam, de bom grado, um hambúrguer com cheddar ou um bife recém-saído da frigideira por um prato de verduras, legumes e cereais.

Mas quem educa os filhos no vegetarianismo garante que dá para banir do cardápio a carne e mesmo outros produtos de origem animal, como leite e ovos, sem choro e, mais ainda, sem prejudicar a saúde da criança.

De fato, na infância e na adolescência, é fundamental manter uma alimentação adequada, já que disso dependem o crescimento e o desenvolvimento saudáveis. Quando se trata de uma dieta que restringe alimentos, os cuidados devem ser redobrados.

A discussão sobre o tema fica mais evidente com o crescimento do número de adeptos: não há dados no Brasil, mas, no Reino Unido, por exemplo, estima-se que a porcentagem cresceu de 1,8% da população nos anos 80 para de 3% a 7% em 2001. No 1º Congresso Vegetariano Latino-Americano (www.svb.org.br), que ocorre em São Paulo entre 4 e 8 de agosto, duas palestras abordarão especificamente a alimentação de crianças.

“As principais preocupações em relação às crianças vegetarianas se concentram no ferro, no cálcio, na vitamina B12, no zinco e, quando não há suficiente exposição ao sol, na vitamina D. Alimentos de origem animal, fontes mais ricas desses nutrientes, são muito importantes nessa fase de grande desenvolvimento”, afirma a nutricionista Silvia Cozzolino, professora titular da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP (Universidade de São Paulo) e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Nutrição.

Para ela, os ovolactovegetarianos –que banem só as carnes– correm menos risco de ter deficiência nutricional do que os veganos, também conhecidos como vegan ou vegetarianos estritos –que não aceitam nenhum produto de origem animal, como laticínios, ovos e gelatina. “Os ovolactovegetarianos ingerem mais proteínas de origem animal e cálcio, além de outras vitaminas e minerais, ao passo que as dietas mais restritas trazem mais riscos, principalmente se seguidas sem orientação.”

O pediatra e nutrólogo Mauro Fisberg, coordenador clínico do Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), diz que estudos de sua equipe mostram que os ovolactovegetarianos apresentam estado nutricional adequado “se não forem radicais”. Já os veganos, de acordo com ele, teriam mais problemas.

Mas, segundo o nutrólogo Eric Slywitch, coordenador do departamento de medicina e nutrição da SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira), estudos provam que mesmo a dieta vegana pode suprir as necessidades da infância e da adolescência. “As pesquisas que indicam crescimento insuficiente são, em geral, feitas com crianças que seguem dietas muito restritas, como certas macrobióticas que não têm qualquer variedade e que nem sempre são vegetarianas. Isso é passar fome, e não ser vegetariano.”

Por Flávia Mantovani

Fonte: Folha Online

– Estudos mostram que crianças vegetarianas, quando seguem uma dieta bem balanceada, não têm deficiência de crescimento em relação as outras. Basicamente quais os alimentos que não podem faltar em uma dieta vegetariana para crianças, garantindo assim seu desenvolvimento normal?

Diferente do que muitos imaginam, a dieta vegetariana não é composta por verduras e legumes. A base da alimentação é a mesma da dieta onívora. Os alimentos mais calóricos são preconizados como base da dieta.

Assim, a criança vegetariana utiliza todos os alimentos do grupo dos cereais (arroz, trigo, milho, centeio, cevada, pães, macarrões…), das leguminosas (todos os feijões e derivados), oleaginosas (após o primeiro ano de vida ou o terceiro, caso haja história de alergia familiar), as frutas, hortaliças (verduras, legumes e vegetais amiláceos – que para vegetarianos são classificados juntamente com as hortaliças, e não com os cereais) e óleos.

Para os ovo-lactovegetarianos o consumo de ovos e laticínios faz parte do cardápio.

– Como garantir os nutrientes necessários na fase da adolescência, período em que o crescimento rápido faz aumentar a demanda de vários nutrientes, dentre eles, a proteína?

Utilizando e variando os alimentos dos diversos grupos alimentares.

O único nutriente que pode estar ausente na dieta vegetariana, quando os ovos e laticínios não são utilizados, é a vitamina B12, que deve ser suplementada nessas condições.

O planejamento nutricional adequado fornece todos os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento, segundo diversos artigos científicos publicados que, inclusive, demonstram que os adolescentes vegetarianos têm um cardápio mais diversificado do que os onívoros.

A deficiência protéica é um mito na dieta vegetariana, que não é suportada por inúmeras publicações científicas. Da mesma forma, a deficiência de ferro não é mais prevalente em os vegetarianos quando comparada com onívoros.

– Nesta fase de adolescência, além de ingerir os alimentos corretos, é necessário, tomar suplementos de nutrientes?

As diretrizes para suplementação na infância, assim como para todas as fases da vida são as mesmas para vegetarianos e onívoros.

A única diferença está no uso de vitamina B12, que deve ser sempre suplementada na infância, gestação e lactação, independente do uso de ovos e laticínios, assim como para os vegetarianos que se abstém do consumo desses alimentos.

– Crianças precisam de energia e, como a dieta vegetariana tende a ter menos calorias, quais os alimentos que poderão suprir esta necessidade?

As dietas vegetarianas tendem a ter menos calorias do que as onívoras, mas ultrapassam, sem nenhuma dificuldade, a necessidade calórica diária.

Lembre-se de que a dieta vegetariana não é composta por verduras e legumes, apesar desses alimentos fazerem parte do cardápio.

Autor: Dr Eric Slywitch
Entrevista publicada no IPCE (Instituto de Pesquisa, Capacitação e Especialização)

Fonte: Alimentação sem Carne

Excesso de peso
O que deve fazer: fazer uma alimentação equilibrada, refeições regulares mas em pequenas quantidades e, sobretudo com horários certos. O exercício é fundamental.

O que não deve fazer: fazer pouco exercício, comer em demasia, comer como forma de compensação, comer guloseimas entre as refeições. Também não deve chamar constantemente a atenção da criança para o facto de estar gorda ou ser diferente das outras crianças.

Peso a Menos
O que deve fazer: consultar um médico para verificar se a criança não está com lombrigas, problemas de tiróide, stress ou qualquer outro problema de saúde.
O que não deve fazer: forçar a criança a comer mais, chamar-lhe constantemente a atenção para o facto de estar magra ou ser diferente das outras crianças.

Falta de apetite
O que deve fazer: determinar horários certos para as refeições; tentar descobrir o motivo (social, psicológico ou mesmo fisiológico para a falta de apetite). Fale com a criança para a distrair enquanto tenta dar-lhe de comer, mostrando muita calma.
O que não deve fazer: dar guloseimas ou comida frequentemente entre as refeições; forçar a criança a comer. Sobretudo, não se enerve, ou transmitirá toda a ansiedade à criança.

Recusa da Comida
O que deve fazer: Não tenha medo de impor limites. As crianças precisam de saber que não podem fazer ou conseguir tudo. Habitue o seu filho a ter regras no que diz respeito às refeições: alimente-o sempre às mesmas horas e faça-o preferencialmente no mesmo lugar. Fazer concessões frequentes é abrir precedentes que nunca serão corrigidos. No entanto, lembre-se de que a criança pode ter uma razão para não querer comer: pode ter frio, calor, preferir beber, qualquer afecção da garganta ou boca que torna a refeição desagradável ou mesmo depressão…
O que não deve fazer: Não faça uso de comida como recompensa. Ensine à criança que deve comer porque faz bem, e não porque ele foi educada, não fez birra, etc. Do mesmo modo, se alimentar a criança a horas diferentes ou se o fizer andando ou no meio dos brinquedos, a criança vai achar que se trata de uma brincadeira, o que nem sempre é benéfico.

Recusa Certo Tipo de comida
O que deve fazer: seja firme na decisão, mas não perca a cabeça, não grite ou perderá a razão. Sirva apenas uma pequena porção do alimento que a criança não gosta e não faça comentários sobres os restos, mas continue sempre a servir esses alimentos. Por vezes a recusa da criança pode ter a ver com o aspecto, cheiro ou textura de determinado alimento, pelo que o problema pode ser ultrapassado preparando-o de um modo distinto.
O que não deve fazer: zangar-se constantemente quando a criança recusa algum tipo de alimento, sobretudo se essa recusa é feita sistematicamente – esta atitude pode marcar o início de problemas duradouros. Não demonstre ansiedade à hora da refeição, pois a criança pode aperceber-se.

Textura da Comida
O que deve fazer: a partir dos 6 meses de idade, e se a criança tiver começado a ingerir purés aos 4, deverá passar menos a comida. No caso de alimentos mais macios, como as cenouras, abóboras ou bananas, estas devem ser esmagadas apenas com o garfo a partir das idades indicadas.
O que não deve fazer: habituar a criança a comer purés muito homogéneos e passados, pois se inicialmente são os mais indicados, com o tempo a criança irá estranhar texturas diferentes.

É do senso comum que certos alimentos podem ajudar na prevenção de problemas comuns. Seguem-se alguns conselhos quanto aos elementos a consumir e/ou a evitar relativamente aos problemas mais comuns entre as crianças:

Aftas
SIM: mastigar bem os alimentos, devagar para não morder a língua;
NÃO: bebidas açucaradas, ácidas e guloseimas com corantes.

Anemia
SIM: alimentos ricos em ferro, Vitamina C e cobre como gemas, legumes verdes, alperces, cerejas e figos, sumo de laranja.
NÃO: chá e coca-cola.

Ansiedade
SIM: alimentos ricos em Vitaminas B, C, E, cálcio, magnésio, ómega-3 e triptofano, como bananas, aveia, etc.
NÃO: carne, bebidas com cafeína (colas e chá).

Asma
SIM: alimentos ricos em betacaroteno, Vitaminas B, C e E, magnésio, selénio e zinco, bem como pigmentos vegetais. Cebola, frutos silvestres, trigo, azeite, legumes de folha verde, feijão, batata-doce, cereais integrais.

Cãibras
SIM: alimentos ricos em zinco, cálcio, magnésio, potássio, Vitaminas C e E e Ómega-3.

Cansaço
SIM: alimentos ricos em Vitaminas B, C e E, ácido fólico, ferro, magnésio, potássio e ómega-3. lacticínios, frutos secos, a maioria dos legumes (excepto enlatados e feijões) e muitos frutos (excepto bananas, uvas, ananás e melancia).
NÃO: hidratos de carbono refinados, como o pão, os biscoitos e bolos de farinha branca.

Cáries
SIM: alimentos não açucarados às refeições; alimentos fibrosos (cenouras cruas, maçãs), leite(vegetal) e água, cálcio, magnésio e outros minerais.
NÃO: alimentos a que adicionou açúcar, mel ou adoçantes, refrigerantes, sumos fora das refeições.

Chichi na Cama
NÃO: muitos líquidos à noite, bebidas com cafeína depois das 4 da tarde, espinafres e morangos.

Constipações
SIM: alimentos ricos em betacaroteno, Vitaminas C e E, selénio zinco e pigmentos vegetais, alho, cebola crua, cevada, muitos líquidos, chá de limão com mel.

Convulsões
SIM: alimentos ricos em Vitaminas B6 e E, cobre, magnésio e selénio, como o fígado, o marisco, as azeitonas, o feijão, as ervilhas e os cereais integrais.

Diarreia
SIM: água, chá e caldo de legumes, arroz integral, bananas e iogurte bio.
NÃO: lacticínios.

Dores de Cabeça
SIM: chá de gengibre, alimentos ricos em ómega-3
NÃO: bebidas gaseificadas ou com cafeína.

Eczemas
SIM: alimentos ricos em Vitaminas A, B, C e E, selénio zinco, ómega-3, betacaroteno e pigmentos vegetais, como ao aipo, os citrinos, a salsa e os agriões.

Gases
NÃO: comer fruta depois de ingerir alimentos gordos, hidratos de carbono refinados (bolos, biscoitos e pães de farinha branca), ovos, couves e certas preparações de cebola.

Indigestões
SIM: Tratamento preventivo: começar a refeição com uma salada, alimentos ricos em Vitaminas B e C, zinco, alimentos ligeiramente ácidos (alface, couve, agrião, chicória, nabos e alecrim), alimentos temperados com vinagre ou sumo de limão.
O alívio da indigestão: ananás, papaia, chá de gengibre, camomila ou hortelã.
NÃO: comer à pressa, comer em demasia.

Infecções
SIM: alimentos ricos em betacaroteno, Vitaminas C e E, selénio zinco e pigmentos vegetais. Orégãos, salva, alho e cebola crua, como anti-oxidantes e anti-sépticos, cevada, muitos líquidos, chá de limão com mel.
Intolerância Alimentar/Alergias
SIM: para reforçar a imunidade: alimentos ricos em betacaroteno, Vitaminas C e E, selénio, zinco e ómega-3.

Prisão de Ventre
SIM: muitos líquidos, alimentos ricos em fibra, integrais.
NÃO: pão branco e farinhas refinadas.

Problemas do sono
SIM: jantar cedo, com uma refeição leve e rica em hidratos de carbono, Vitamina B, cálcio, magnésio e zinco.
NÃO: colas, chás, queijo.